"A metáfora evidente é o "apartheid", mas pode ser esticada para "o outro", "o diferente", "o que não é como nós", "o imigrante" - o que torna o primeiro filme de Neill Blomkamp, publicitário sul-africano de 29 anos, num retrato distorcido de um mundo onde a globalização está a andar depressa demais para muito boa gente."
Jorge Mourinha, Público
Mas, com essa tal metáfora, qual era mesmo o objectivo do filme? Ou melhor, que pensar sobre todos esses temas, que Mourinha diz serem aqueles de que se pretende falar no filme através duma metáfora? Para quem não tenha visto o filme, convém dizer que os extra-terrestres não são retratados como seres muito simpáticos nem amistosos - e nem o facto de viverem guetizados numa espécie de campo para refugiados consegue explicar/justificar na totalidade o seu animalesco comportamento.
Mas, visto como filme de entretenimento, District 9 até nem se porta mal. Começa bem, num registo documental irrequieto, depois avança para os lugares comuns do género e termina escancarando as portas para um próximo capítulo.
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