Ir a um festival como o Primavera Sound é como iniciar uma relação íntima com uma top-model ninfomaníaca – chamemos-lhe Vera, prima Vera para sermos mais exactos – um sonho para o qual receamos poder não ter pedalada. Mas, juntando-se a oportunidade ao desejo, quem diria que não a tal oportunidade?
As primeiras horas vivem-se com curiosidade, deslumbramento, excitação e alguma intimidação, incapazes de prestar a devida atenção a palavras e gestos nos seus pormenores. Adivinhamos as melodias em fundo, sabendo da sua presença, e ainda que atentos e concentrados a tudo em redor, é tarefa impossível a de nos concentrarmos num único ponto. Leva tempo a que a nossa atenção se concentre num qualquer palco que seja.
Para além disso, a prima Vera, formosa como é, tem muitos amigos. E só depois de colocada a conversa em dia, com troca de contactos e promessas de encontros para breve, só depois poderemos desfrutar sozinhos da sua companhia. E aí, começa a festa…
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