20101126

the national


É estranha e talvez singular a minha relação com a música dos The National. Tudo começou com uma indiferença sem grande justificação. Às dicas de vários amigos fui avançando nos dias sem lhes ligar nenhuma. Uma música aqui, outra ali, mas sem entusiasmo que justificasse maior atenção. Ao longo de quatro anos (para aí entre 2003 e 2007) foi essa a minha relação com os senhores. Ou seja, praticamente nenhuma. Mas eis que, chegados a 2007, sai o apaixonante e desarmante Boxer. E aí... a minha rendição. Total. Daquelas que nos deixam sem saber o que fazer com o que agora temos em mãos, de coração ferido, e que culminou numa daquelas noites que se guardam por perto durante uma vida ou mais, numa Aula Magna rendida e hipnotizada. Tudo indicava um amor para toda a vida. Mas tal não aconteceu. E, poucos meses mais tarde, ao passar por eles num palco solarengo, já a antiga indiferença de novo me contaminava. Foi como reencontrar uma antiga paixão. Nem um palpitar. Talvez uma ligeira memória. Morna e apagada.
Entretanto, os anos passam e é anunciado novo disco. Entretanto, os meses passam e nada mais para além de uma audição desatenta. Por entre tantos elogios regresso ao início, ao princípio de tudo, onde nada encontro nas audições esparsas que me entusiasme o suficiente para retomar os arrepios vividos na anterior, tão intensa quanto curta, paixão. Entretanto, tudo isto, até hoje. Mas hoje, como um soco... de novo rendido. E agora?!

1 comment:

  1. Desculpa Hg mas fico contente com esse soco. Porque acho que é impossivel ficar indiferente à musica destes senhores. Vai até ao fundo e entranha-se...

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