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20101128
20101025
doc lx (20)
LI KÉ TERRA, de Filipa Reis, João Miller Guerra e Nuno Baptista
Um filme cujo principal trunfo acaba por ser o excelente casting. Os dois jovens escolhidos quase parecem fazer o filme sozinhos. Trunfo dos realizadores pela feliz escolha e por terem permitido o espaço e tempo necessários a que os seus principais valores se revelassem. E isso, por vezes, não é coisa pouca.
Não é filme de grande fôlego e viu-se coisa melhor nos filmes portugueses em competição. Mas, ainda assim, não é chocante a decisão do júri. E qualquer nome destes três realizadores mostrou o suficiente para que de futuro se esteja atento à sua evolução.
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doc lx (19)
COMO AS SERRAS CRESCEM, de Maria João Soares
A poesia recompensada, num filme com cinema dentro. Prémio bem entregue, para um projecto arriscado que poderia tão facilmente dar em nada.
20101023
doc lx (18)
LA TERRA HABITADA, de Anna Sanmartí
As regras do jogo deveriam ser as seguintes para pessoas sem nada para dizer:
1) remete-te ao silêncio;
2) se fizeres um filme não o mostres em público.
Sanmartí ainda cumpriu uma das regras. Pena não ter cumprido as duas.
* o júri do festival, por outro lado...
doc lx (17)
LE CHAGRIN ET LA PITIÉ, de Marcel Ophuls
Monumento com mais de quatro horas de duração, Ophuls permite que o tema por si abraçado tenha tempo de ser explicado e entendido nos mais ínfimos pormenores, com uma quantidade de pequenas peças de um puzzle que, no final, nos permitem ter uma ideia geral daquilo que foram os tempos de guerra e as formas como, numa altura dessas, pessoas normais se comportam perante o inimigo. Quatro horas que passam num ápice.*
* pelo menos para quem esteja interessado no tema, o que não parece ter acontecido com centena e meia de alunos de várias escolas que começaram a sessão e que a meio já deveriam estar a ver montras ali ao lado no Campo Pequeno. Desgraçados professores que ainda não desistiram.
doc lx (16)
THE WOMAN WITH THE 5 ELEPHANTS, de Vadim Jendreyko
Entre o crime e o castigo, a fascinante e enigmática Svetlana Geier revisita o seu passado. Tradutora de Dostoievski na Alemanha, Geier regressa à sua Ucrânia natal 60 anos depois de uma ausência que esconde muita da história europeia recente. Um filme que parte do particular para o geral de forma magistral.
doc lx (15)
LAST TRAIN HOME, de Lixin Fan
Centenas de milhões de pessoas a viajar num curto período de tempo. É assim na China todos os anos por altura do Ano Novo Chinês. Multidões assustadoras de trabalhadores das cidades que aproveitam para visitar a família no campo. Mas, por mais assustadores que sejam tais obstáculos, é o reencontro com família que parece por vezes ser o principal factor de ansiedade. Filhos que não reconhecem autoridade aos pais, culpando-os de tão prolongada ausência. Pais frustrados e revoltados de ver tanto trabalho tão pouco apreciado por quem os sacrifícios são feitos. Em Last Train Home, filme desequilibrado que parece por vezes feito por duas pessoas diferentes, o individual ganha à miríade de pessoas que uma multidão esconde na sua enormidade grotesca. E ainda bem...
20101021
doc lx (14)
PETROPOLIS, de Peter Mettler
Hipnotizante filme. Tão hipnotizante que bem poderia ter horas e horas de duração. Uma noite inteira. Com pouca informação oferecida ao espectador, e mesmo essa, inteligentemente distribuída, Mettler deixa que cada um faça a leitura daquilo que lhe é dado descobrir. Lentamente. E de cima, de onde os nossos problemas costumam parecer tão minúsculos, mas de onde os verdadeiros problemas ganham a sua real dimensão.
doc lx (13)
EL SICARIO, de Gianfranco Rosi
Um só personagem, por mais fascinante e torturoso que seja o passado de onde provêm todas as suas palavras, não basta para fazer um documentário. Mas ajuda, e muito, a torná-lo minimamente interessante.
20101020
doc lx (12)
A FALTA QUE ME FAZ, de Marília Rocha
Mais cedo ou mais tarde iria acontecer. Aconteceu hoje. Eis o primeiro filme desta edição em que saí a meio. Personagens sem interesse, filmadas através de um olhar perdido. Um enorme erro de casting talvez.
doc lx (11)
BIQUEFARRE, de Georges Rouquier
Só o cinema para me permitir viajar quase 40 anos em apenas 24 horas. E reencontrar aquelas pessoas, tantos anos depois, apenas um dia mais tarde, foi tão emocionante como reencontrar família e amigos que já não via há muitos e tantos anos.
20101018
doc lx (10)
FARREBIQUE, de Georges Rouquier
Encantador e belo filme. Um ano de trabalho, muito trabalho, duma família a viver na e com a natureza tão perto. Os tempos e gestos que se repetem e adaptam numa lenta mudança. Porque, não sejamos tontos, a Primavera chega sempre. E anseio já pelo seguimento em Biquefarre, quase quarenta anos mais tarde.
doc lx (9)
LES SIGNES VITAUX, de Sophie Deraspe
Tanta ficção e tão pouco documentário, para um cinema assim-assim. Com alguns momentos mais bem conseguidos, quando a dor nos é transmitida sem necessitar cruzar barreiras incómodas. E outros de gosto mais duvidoso e necesidade quase nula. Um documentário contaminado pela ficção não se sabe bem porquê, ou para quê.
doc lx (8)
EROTIC MAN, de Jørgen Leth
Bem que deveria ter desconfiado dos elogios de Lars Von Trier a Jørgen Leth.
doc lx (7)
A FESTA DOS RAPAZES, de Pierre Primetens
Mágnifico filme! E certamente do melhor que se conseguirá ver nesta edição do Doc Lisboa, pois são raros filmes assim. Em menos de uma hora Primetens consegue não só retratar toda uma região, Trás-Os Montes, cada vez mais deserta, vazia, esquecida, mas também as implicações e rituais da entrada na idade adulta dos seus jovens. Cada vez menos. Quase nenhuns. E se os jovens e seus rituais milenares são o sangue que vai mantendo aquela região viva, há um quase desespero em manter viva essa região tão moribunda. Um desejo quase tão forte como o de manter a chama dos verdes anos sempre viva. É bom poder entrar na idade adulta, ser finalmente um homem, mas...
Tudo isto envolto num saudosismo de fim de festa, quando já se sabe que apenas podemos adiar por mais algum tempo o inevitável. Um saudosismo a algo que ainda nem sequer tem passado. O fim de uma região que ainda não acabou. Que teima em não acabar. Como um adulto que se diz sempre jovem, mesmo desconfiando que, ao longo dos anos, mudou muito. Talvez demasiado.
doc lx (6)
COMBOIO, de Isabel Dias Martins
O comboio deste documentário é o Sud-Express. O mítico comboio que liga Lisboa a Paris, atravessando Portugal e Espanha madrugada dentro. Mas este comboio, no documentário de Isabel Dias Martins, é também uma armadilha. Um engodo que acabará por servir para juntar num mesmo sítio personagens com sonhos e medos semelhantes. Nada mais que isso. Uma questão prática apenas.
O maior mérito do filme acaba por ser a sua capacidade em conseguir retirar dessas pessoas as suas histórias mais pessoais (fantásticas, por sinal). Pena que seja o único.
20101016
doc lx (5)
ANGST, de Graça Castanheira
Um documentário não necessita, obrigatoriamente, de responder às perguntas que coloca. Em especial quando essas mesmas perguntas não têm resposta possível. Mas Graça Castanheira, ainda assim, não desiste de colocar as questões que a afligem e que lhe despertam a curiosidade. No fundo, não desiste de tentar compreender essa questão tão básica quanto essencial: mas que raio fazemos nós aqui? E como o fazemos?
No seu filme mais pessoal até hoje, Graça Castanheira oferece-nos um conjunto de informações que nos podem, pelo menos, fazer pensar. E talvez sentir alguma coisa.
doc lx (4)
SPANISH EARTH, de Joris Ivens
Muito provavelmente (em especial no que à estrutura de um filme diz respeito) o documentário mais bem montado que já vi até hoje. Uma lição.
doc lx (3)
LUZ TEIMOSA, de Luís Alves de Matos
"Luz Teimosa, de Luís Alves de Matos, é um olhar que se pretende surrealista sobre um artista que precisou de se ir embora para desabrochar: Fernando Lemos, pintor, fotógrafo e poeta português, contemporâneo de Alexandre O"Neill, António Pedro ou Vieira da Silva, emigrado no Brasil desde 1952. Plasticamente muito cuidado, usando como fio condutor uma belíssima fotografia tirada numa romaria pouco antes de Lemos emigrar, Luz Teimosa é um testemunho elegante sobre a arte e a vida, introdução lúdica ao universo do artista."
Jorge Mourinha, in Público
doc lx (2)
THE PLAYER, de John Appel
Algumas das histórias que John Appel vai relatando de seu pai, de tão rocambolescas, quase nos fazem duvidar da sua veracidade. Mas, no meio de tanta palavra partilhada, por ele e outros, para tentarem encontrar uma explicação que o ajude a entender o vício do seu pai ao jogo, acaba por ser nos (poucos) silêncios que o filme realmente se destaca. Aqueles olhares e gestos, falam bem mais que mil palavras. Um filme tão agradável quanto banal.
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