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20101128

the shield


Imaginem um poço bastante largo mas de pouca profundidade. Agora imaginem esse poço cheio de serpentes. Centenas e centenas de serpentes de várias cores e tamanhos. De seguida, peçam à vossa imaginação que vos ofereça a imagem desse mesmo poço a ficar cada vez mais estreito e profundo. Enquanto isso, as serpentes vão-se matando entre si. No final, restará um poço bastante profundo e extremamente estreito, onde já só restam meia dúzia de serpentes vivas enterradas sobre centenas ou milhares de serpentes mortas. Eis The Shield! A série televisiva com o melhor anti-herói de todos os tempos. Ladies and gentlemen please meet Vic Mackey.

reservoir snakes

20090602

mad men

Set in 1960s New York, the sexy, stylized and provocative drama Mad Men follows the lives of the ruthlessly competitive men and women of Madison Avenue advertising, an ego-driven world where key players make an art of the sell.”

A viver ainda na ressaca dos oníricos anos 50 americanos (onde sonhos e pesadelos conviviam de mãos dadas e onde todos aparentavam ser Barbies e Kens que dividiam as suas preocupações entre os mais recentes electrodomésticos e caves anti-mísseis), mas pressentindo já que os pesadelos anunciados se preparavam para finalmente acontecer, as personagens de Mad Men reflectem bem a vertigem de uma época confusa e de extremos. A Guerra Fria sempre presente, com a Rússia ao longe, mas Cuba ali tão perto. O messias Kennedy que surgia e que fazia renascer a esperança de tornar o american dream finalmente real. Mad Men situa-se temporalmente a meio caminho entre o algodão doce e churrascos ao ar livre dos anos 50 e a conturbada década de 60 com Vietnam ao fundo e Woodstock como escape. E tudo isso poderá explicar a sensação de end of times que atravessa todos os episódios daquela que é, muito provavelmente, a melhor série de televisão desde os Sopranos. Sem exageros. Confirmem-no.   

20090405

in treatment

Regressa hoje aos ecrãs americanos a melhor série desde que, em 2007, os Sopranos chegaram ao fim. Com a acção confinada a um consultório de psicanalista e às conversas entre este e os seus pacientes, In Treatment é um prodigio de argumento e direcção de actores. Ou como, com pouco, se pode fazer muito. Durante a primeira temporada, de 43 episódios, as consultas/episódios tinham uma periodicidade diária. De segunda a sexta encontrávamos os mesmos pacientes nos seus respectivos dias da semana. A cada semana mais pormenores. Mais peças do puzzle que nos poderiam ajudar a perceber melhor aquela personagem.

Uma série que poderá não nos tornar mais inteligentes, mas por certo nos fará ficar mais atentos. Aos outros. A nós. Sem moralismos. Apenas porque são raras as séries de televisão que, como In Treatment, nos permitem conhecer tão bem e profundamente as suas personagens, e onde tantas vezes nos podemos facilmente rever. 


(desculpem a terrível música do trailer)

20090203

californication


Passei o último ano afastado de qualquer série. Mas a lista de boas séries que iam surgindo nas televisões, no entanto, aumentava a cada nova conversa entre amigos. Por falta de tempo, ou vontade, o tempo foi passando e acabei por não ver nenhuma delas. Por culpa desse meu afastamento, ainda hoje tenho a última temporada da melhor série de sempre por ver. Qual a melhor série de sempre?! The Sopranos, of course!
Este ano resolvi recuperar tudo aquilo que perdi nesse ano sabático. Para já, optei por não começar com séries de elevado grau de adição. Não me pareceu saúdavel passar repentinamente da abstinência para a overdose. A escolha recaiu sobre Californication e revelou ser a escolha acertada. As aventuras de um escritor que não consegue escrever, mas que vive a cada episódio experiências suficientes para escrever vários livros, enquanto tenta recuperar um amor antigo, sem deixar de vivre sa vie, em episódios que não chegam aos 30 minutos, são ideais para quem não tenha muito tempo livre.
O grau de adição é médio e os episódios curtos cabem bem numa qualquer pausa para um chá, sem existir o perigo de não se conseguir resistir ao visionamento do episódio seguinte logo de imediato. A primeira temporada é bem melhor que a segunda, pois a loucura vai aos poucos perdendo terreno em benefício de um maior aprofundamento das personagens principais. Mas a segunda temporada termina de forma a que tudo seja possível nos episódios que se seguem. O regresso está prometido para finais deste ano.